uol.com.br - O destino dos inibidores de apetite em debate - 14/06/2011

Aconteceu ontem o último painel de debate técnico sobre inibidores de apetite promovido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária – Anvisa. Após muito debate ainda não sabemos o veredito da agência reguladora brasileira a cerca da possibilidade da suspensão da fabricação e comercialização desses medicamentos em nosso país.

Os medicamentos em análise são a sibutramina, o femproporex, a anfepramona e o mazindol, ou seja, todo o nosso arsenal terapêutico no combate à obesidade. O que está em jogo, segundo a Anvisa, é a segurança e a eficácia dessas drogas, levantando a questão de que os benefícios não superariam os riscos.



Na verdade, todas as medicações são passíveis de efeitos colaterais. A começar pelos simples analgésicos e antiinflamatórios popularmente comercializados sem receita médica. Não são poucos os efeitos alérgicos graves, as complicações gástricas como a hemorragia digestiva e as lesões renais crônicas. Nem por isso eles devem ser suspensos do mercado. Cada paciente deve ser analisado para o risco-benefício de cada um.

Outra verdade é que para a maioria das doenças crônicas, a suspensão do medicamento causa a recidiva dos sintomas e para a obesidade não é diferente. Assim, não podemos concluir que os moderadores de apetite não são eficientes pelo fato do efeito sanfona ocorrer com a suspensão dos mesmos. Um paciente hipertenso também apresentará picos hipertensivos com a suspensão do seu medicamento hipotensor e nem por isso essas drogas não seriam eficazes.

É bem certo que há abusos. Não somente para os moderadores de apetite. Um exemplo disso é a nova determinação da Anvisa para a prescrição dos antibióticos. Nesse caso, para coibir os abusos, a Anvisa mostrou-se eficiente e nem se cogitou na suspensão desses medicamentos. O que solicitam todas as entidades engajadas na luta pela manutenção dos inibidores de apetite, e nela todos os médicos que atendem a esses pacientes, é que a Anvisa passe a ter mais rigor na vigilância, que exerça sua autoridade e coíba aqui também os abusos, como fez com os antibióticos.

Nossas prescrições dos medicamentos para o tratamento da obesidade são feitas em um receituário controlado pela própria vigilância sanitária. Como então muita gente consegue esses remédios sem a prescrição médica? A proibição desses medicamentos, na certa, deve aumentar esse mercado negro. Além do mais, não se impede o abuso com a proibição do uso por aqueles que de fato tem a indicação. Há que se ter vigilância.

Quando a sociedade médica reivindica um medicamento, levanta-se sempre a questão das patentes e dos potenciais benefícios à indústria farmacêutica. Não é esse o caso. Os poucos medicamentos que contamos em nosso arsenal não tem patentes. São drogas baratas e acessíveis, fabricadas por vários laboratórios e mesmo com seus possíveis e conhecidos efeitos colaterais, é o que temos. Não podemos abrir mão deles. A Anvisa precisa entender isso. 







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